Bantos, malês e identidade negra reúne elementos históricos sobre a formação do Brasil em seu caráter étnico, identitário e cultural, e mostra ao leitor as contribuições dos bantos ao longo desse processo. À guisa de seu envolvimento com a resistência cultural negra no Brasil e na África, Nei Lopes estabelece novos parâmetros sobre a relação entre islamismo e negritude, apresentando uma face da história ignorada por grande parte dos brasileiros.Esta nova edição atualiza profundamente a bibliografia do livro originalmente lançado em 2007, incluindo obras de autores contemporâneos como Elikia M''''Bokolo, Carlos Moore, Alberto da Costa e Silva e Jan Vansina, entre outros. Do ponto de vista historiográfico, aprofunda a importância do povo Zulu como matriz de diversos outros povos bantos. Do ponto de vista sociológico, discute a identidade negra incorporando temas e conceitos atualizados, como supremacismo, racismo estrutural e naturalização do racismo.Para o professor Joel Rufino dos Santos, "[...] Nei é um híbrido que ironiza (no sentido socrático de contraideologia) suas duas metades. É um aglutinador de pobres negros suburbanos e intelectuais propriamente ditos".