Inspirado em Bartleby, personagem marcante de Herman Melville, o mestre do jornalismo literário reconstitui sua trajetória como narrador de vidas comuns. Gay Talese nos brinda com suas reminiscências e um texto inédito: a história de um médico imigrante que explodiu seu prédio em Manhattan - e a si mesmo - em vez de renunciar ao sonho americano."Nova York é uma cidade de coisas despercebidas", escreveu Gay Talese há sessenta anos. Ele passaria décadas desafiando a declaração ao dedicar-se às vidas comuns. Agora, em Bartleby e eu, o autor revisita personagens memoráveis e nos brinda com um texto inédito, no qual narra a trajetória de um médico imigrante que optou por explodir-se com o predinho em que vivia a dividir a propriedade com a ex-mulher. A história, que fartou a imprensa sensacionalista americana, recebe a justa densidade trágica sob a pena de Talese.O fio condutor deste livro é "Bartleby, o escrituário", conto de Herman Melville que narra a saga de um anódino funcionário de um escritório de advocacia do século XIX. Instado a tomar atitudes que poderiam mudar ou mesmo salvar sua vida, Bartleby responde, inflexível: "Prefiro não fazer".Conciso e elegante, Bartleby e eu reflete sobre um dos princípios do jornalismo literário que Talese ajudaria a inventar: transformar o banal em algo extraordinário. Esta edição conta com posfácio de Lúcia Guimarães."Um segundo livro de memórias curto e encantador, meticulosamente relatado, fascinante. Talese em sua melhor forma." - The Wall Street Journal"O estilo coloquial de Talese - aberto, descontraído, caracterizado por frases ricas em fatos, mas perfeitamente equilibradas - convida o leitor a sentar e relaxar." - The Washington Post"Um mestre das palavras, Talese oferece um belo testemunho das vidas comuns de Nova York. É uma delícia." - Publishers Weekly"Novos leitores descobrirão um observador astuto. Um testemunho sincero de um ícone do jornalismo literário." - Kirkus Review