Este texto é um convite para se pensar a complexidade da trama social-histórica enquanto elaboração a partir de fios tecidos com o determinado e o não-determinado, o racional e o não-racional, o causal e o não-causal; e também para se entender a tessitura entre o visível e o invisível ou entre o "imediato" e o "histórico" e ver, no entrelaçamento das diferentes dimensões do conhecimento humano e da nossa realidade social-histórica, a trama das relações sociais, do econômico, da política, do jurídico, do ideológico, da cultura, da estética, da ética etc. Os fios dessa trama são os valores socioculturais orientadores de sentido para os indivíduos, uma criação de significações sociais que se entrelaçam com as significações da linguagem. Toda análise de conjuntura é uma visão parcial, a partir de um ponto de vista, mas visando o todo do contexto social-histórico; para isso, é necessário um projeto de teoria enquanto uma tentativa sempre incerta de elucidação dessa realidade e um projeto desociedade que é um todo e, também, uma práxis determinada vinculada à doxa (opinião), uma atividade prático-poiética, um fazer e um representar-dizer sociais. Podemos avaliar criticamente uma conjuntura, detectando os germens dessa sociedade que queremos construir já presentes na sociedade atual e também os obstáculos colocados no caminho que almejamos construir e trilhar. Uma análise de conjuntura deve detectar o antagonismo entre o movimento histórico que avança no sentido da autonomia indiv