Vauvenargues é o primeiro moralista moderno. Da Antiguidade ao século XVII, seus antecessores haviam se dedicado à sátira do homem e dos costumes, vangloriando-se do valor de lições formuladas como aforismos engenhosos e inúteis. Ele, por outro lado, acredita no poder da eloquência para inspirar a virtude e a grandeza, burilando-a. Acredita que dirigir-se ao sentimento do leitor, em nome do sentimento que se experimenta, é atingir também sua razão, pois o homem é uma unidade e suas faculdades formam um todo indissociável.