Eve Babitz, a mulher que viveu e soube narrar como ninguém o glamour da Hollywood dos anos 1970, estreia no Brasil pela Amarcord. Dias lentos, encontros fugazes apresenta a Los Angeles de Eve Babitz. Quente, veloz, efêmera, imperiosa, sensual. Uma cidade que não se desculpa por não ser uma cidade, apesar dos olhares tortos que alguns lançam para sua sujeira, desorganização e cores vibrantes. Na L.A. dos anos sessenta e setenta, você pode encontrar Janis Joplin numa piscina, dar uma volta de carro com um famoso diretor de cinema, ir a festas na companhia de estrelas angustiadas e até visitar amigos escondidos no famoso Chateau Marmont. Mas, para isso, você precisa conhecer a galera certa. E Eve Babitz faz parte dela.Em dez contos, a escritora e artista visual descreve o glamour e a decadência da L.A. que só quem viveu a era do "sexo, drogas e rock and roll" sabe contar. Mas o que à primeira vista pode parecer uma aventura extravagante é, na verdade, uma deliciosa, ácida e inteligente autoficção que expande as fronteiras da imaginação e os limites da própria cidade.Eve Babitz foi por si só um acontecimento. Reconhecida por sua beleza e por experimentar livremente seus desejos, cultivou amigos, amantes e histórias de bastidores daqueles anos boêmios. Sorte a nossa que, além de viver tudo isso, ela soube narrar como ninguém os dias de verão, as festas, a transitoriedade da vida e a vibrante paisagem californiana, que às vezes se arrasta em dias lentos, mas, com certeza, se equilibra com seus encontros fugazes. Esta é a sua estreia na Amarcord. "Eve Babitz não viveu uma vida livre do patriarcado, mas seus leitores atuais podem supor que ela encontrou uma maneira de burlá-lo. Apesar de sua proximidade da máquina capitaneada por homens famosos, uma vez que era parte do seleto círculo de Hollywood, ela raramente sucumbiu ao charme masculino; ao contrário, Eve Babitz sempre fez todo mundo jogar de acordo com suas próprias regras." - Marie Solis, The Nation"Eve Babitz escreve como Chet Baker toca jazz, algo iluminado, etéreo, lírico, mas também rítmico, despegado e sensual; ou como Larry Bell constrói suas estruturas, vítreas e de linhas tão simples, suaves e leves. Ela tem um talento natural. Ou o faz parecer, com sua escrita elegante, mas ainda assim urbana, colorida, dançante, alegre e hedonista - é Los Angeles na forma mais pura e idealizada." - Lili Anolik, biógrafa de Eve Babitz, Vanity Fair"Ler Eve Babitz é como estar no frescor do pôr do so