Conheço o Ruy há mais de trinta anos. Tem a idade do meu pai, muitos dos seus amigos de Angola eram conhecidos dele. Tenho a idade das suas filhas, muitos dos meus amigos eram conhecidos delas. Encontrá-lo e conhecê-lo pessoalmente, aqui no Brasil, foi uma satisfação enorme para mim. O Ruy escrevia, aos domingos, para os jornais Diário e Província de Angola, de Luanda, com crônicas de viagens, documentadas com fotos. Na Emissora Católica de Luanda tinha um programa de rádio, onde abordava problemas de construção através das cooperativas. Tornou-se muito conhecido, por isso. Como Delegado de Propaganda das cooperativas de habitação "O Lar do Namibe" e a "Alegria pelo Trabalho", percorreu Angola, de uma ponta à outra, numa viagem inédita que levou 17 anos e ao fim da qual se estabeleceu em Luanda com um escritório de consultoria técnica de cooperativismo predial urbano. Sempre com uma máquina fotográfica a tiracolo, travestido de repórter fotográfico amador, como então se intitulava,