O conjunto de textos aqui publicados, resultante de pesquisas e práticas de ensino de História, nos remete a refletir sobre o desenvolvimento profissional docente no campo da História, o que implica formação inicial e contínua, carreira docente que valoriza a formação e as condições de trabalho adequadas, incluindo salários dignos para os trabalhadores da educação. [...] No Brasil, vivenciamos um período de reformas, pós-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, um comprometimento progressivo dos Cursos Superiores de História com a formação para a docência. Não obstante as críticas formuladas às Diretrizes Nacionais dos Cursos de História e às Diretrizes para a formação de professores da Educação Básica do CNE, de 9 de fevereiro de 2002, as "Diretrizes" representaram uma resposta crítica à cultura de formação docente, estruturada no paradigma da racionalidade técnico-científica, um "modelo de formação conteudista" que fragmentava formação teórica/prática, ensino/pesquisa, bacharelado/licenciatura, e estimularam a flexibilização curricular e a autonomia às instituições formadoras para a construção de projetos pedagógicos que integrassem as dimensões teóricas e práticas, os saberes disciplinares e pedagógicos. Do prefácio de Selva Guimarães