Os temas aqui abordados durante a caminhada desse livro, - do embotamento da estética enquanto sentimentos, da cisão entre razão e sensibilidade na formação humana, da busca por uma unidade perdida e por uma formação integral pela via dos sentimentos - se colocados como debates especulativo-filosóficos parecem realmente uma abstração ou um afastamento do problema. No entanto, pressentido não só por poetas, filósofos e poetas-filósofos, o problema da integralidade da formação e da necessidade de aproximação ao estético, como elemento articulador, foi pressentido também por pensadores da educação de modo substancial, recorrente e assaz premente. Do mesmo modo que estamos condenados ou - suavizando essa sentença de alguns poetas e filósofos - destinados à razão, temos, como anteparo de nossa humanidade, a estética sob suas diferentes formas. Recolorir os sentidos desbotados de estética, nos permite reaver a importância das coisas da ordem do coração e dos sentimentos fundamentais à nossa educação e a nossa formação humanizadora, sem alijar desses processos os sentimentos mais nobres do que reconhecemos como o núcleo da humanidade, como o sentimento de amor, de caridade, de piedade, de comunidade.