A histórica condição de fronteira (entendida como zona de contato e fluxos dos mais diversos), tanto do espaço amazônico quanto do espaço platino, impõe a necessidade de se pensar suas intensas e duradouras conexões com as áreas vizinhas, tanto aquelas do território brasileiro (ou luso-americano, no período colonial) quanto as demais áreas do continente. Essas conexões viabilizaram a constituição de rotas econômicas, políticas, culturais e de migrações, inserindo tanto a Amazônia, quanto as áreas da bacia do Prata em dinâmicas mais amplas do que as exclusivamente locais ou regionais. Os estudos sobre fronteira no Brasil ainda são pensados e realizados em termos majoritariamente regionais, pouco se inserindo na produção de uma história global, ou nacional. Salvo exceções, a fronteira na história brasileira foi e ainda é pensada em termos de limite político, pouco se usa a expansão da fronteira como modelo explicativo da conquista.