Geografia da autonomia nos permite estabelecer um diálogo-ponte entre as autonomias em Chiapas e muitos dos processos conduzidos pelos povos originários latino-americanos: de Cherán ao Wall Mapu, dos Purépecha aos Mapuche, passando pela Amazônia peruana e brasileira, pelos cabildos nasa e misak no sul da Colômbia e por uma quantidade incalculável de experiências nos mais remotos rincões do continente. A pesquisa que sustenta este livro faz parte da ruptura epistêmica promovida por quem toma o partido dos povos, sem por isso abrir mão do rigor analítico. Trata-se de uma opção ética, mais necessária do que nunca nestes momentos tão difíceis para a humanidade. Assim, estas páginas ajudam a iluminar o caminho das autonomias que fazem deste planeta um lugar onde é possível viver bem.