Esta obra repensa a relação entre democracia e socialismo ao abordar o descompasso entre a revolução democrática de fins do séc. XVIII e o imaginário político jacobino que aí surge e que predominaria no marxismo no séc. XX. Como alternativa ao monismo jacobino, a categoria hegemonia é reativada e revela uma lógica política na qual os atores coletivos se constituem pelo antagonismo, ao invés de uma identidade essencial ou privilégio epistemológico. A expansão subversiva da revolução democrática presume que a diversidade de antagonismos excede uma ordem concebida em termos de determinação econômica ou de um consenso dialógico intersubjetivo