Aquando de uma recente viagem à Terra Santa, testemunhei, uma vez mais, o deslumbramento e a alegria das pessoas que descobriam a região. Depois de terem recebido uma formação bíblica na sua diocese, puderam ver de perto e admirar esta terra que imaginavam a partir das narrativas da Bíblia. Ficavam, com frequência, admiradas com a extraordinária variedade dos relevos e das paisagens. Alguns exemplos escolhidos ao acaso: a norte, as fontes efervescentes do Jordão no sopé das vertentes do Hermon; a sul, o desfiladeiro esbranquiçado de Avdat com os seus cabritos monteses a 200 m abaixo do planalto árido do Négueb; a oeste, as colinas suaves da Chefela cada vez mais verdejantes e arborizadas; a leste, a enorme depressão do mar Morto, sob um sol escaldante e ladeada por falésias vermelhas e ocres, sem falar dos soberbos maciços de grés e de granito do Sinai. Foi, pois, verdadeiramente nesta terra que o Deus único se deu a conhecer a Israel ao longo dos séculos.