A Imitação de Cristo é um clássico que dispensa apresentações. Um dos livros mais publicados e lidos de todos os tempos, teve popularidade instantânea depois da sua publicação nos Países Baixos, cerca de 1420, muito provavelmente pelo monge alemão Tomás de Kempis. Nele, a imitação do Salvador é apresentada principalmente como fuga do mundo e cultivo da vida interior, e não faltam advertências contra os excessos de práticas exteriores sem as devidas disposições interiores. A forma como o autor apresenta todo o inevitável sofrimento da vida humana dentro de uma perspectiva divina, convidando o leitor a abraçar a sua cruz cotidiana, com os olhos fixos na recompensa eterna, encontra eco em leitores de todas as épocas e culturas. Afinal, o que éum cristão, senão um seguidor de Jesus Cristo?A edição que apresentamos trata-se da primeira tradução original brasileira (1891). Esta versão específica, foi retirada da 3ª edição publicada em Recife, 1923, F. A. GOMES DE MATTOS.A respeito do tradutor, este preferiu manter seu total anonimato. O que se sabe é que este piedoso tradutor oferece, consagra e dedica todo o seu trabalho ao Papa São Pio X (25.03.1905). No mesmo ano de 1905, S. Pio X concedeu a APROVAÇÃO e BENÇÃO APOSTÓLICA da presente obra.A obra encerra com um detalhado guia para a confissão e comunhão sacramentais, alimento e conforto da alma nessa penosa jornada. Uma das alegrias de ser católico é ler um livro de 600 anos e ver como cada frase, cada meditação, cada conselho,se aplicam tanto hoje como no distante século XV.Vale ressaltar ainda que a presente obra recebeu inúmeras aprovações das autoridades eclesiásticas da época: D. Antônio, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro; e pelos Excelentíssimos Senhores: PrimazArcebispo da Bahia, Arcebispo Diocesano de Olinda (que autorizou esta 3ª edição) e na 1ª e 2ª pelos Excelentíssimo Senhores Bispos da Paraíba, do Ceará, Niterói, Diamantina, Maranhão, Mariana, Espírito Santo, Amazonas, Pará, Rio Grande do Sul, Curitiba, Goiás, S. Paulo e Cuiabá.