A Constituição Contra o BrasilRoberto Campos sempre esteve à frente de seu tempo, lutando com paciência, humor e ironia para tornar a política brasileira mais racional e eficaz.- Ives Gandra da Silva Martins (jurista, advogado, professor e escritor)Campos percebeu desde o início os efeitos da Constituição: muito detalhe e pouco princípio, muito direito e pouco dever, muito imposto e pouco serviço. Essa combinação transformou traços culturais em enormes problemas, uma tragédia de difícil solução.- Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central, 1999-2002)Modernizador eclético, Campos foi central na formulação de um projeto de modernização do Brasil, combatendo o patrimonialismo e ajudando a formar uma elite capaz de promover "a transição da era do fetichismo para a era da razão".- Antonio Paim (filósofo, historiador e escritor)A Constituição de 1988 acabou sendo um testamento de uma ideia de progresso já envelhecida, como Campos demonstrou em seus escritos.- Gustavo Franco (ex-presidente do Banco Central, 1997-1999)Existem três atitudes brasileiras em relação a Campos: as que apreciam sua lucidez, as que a resistem com irritação e aquelas que a reconhecem secretamente, mas jamais confessariam por medo do patrulhamento ideológico.- José Guilherme Merquior (diplomata, crítico literário e escritor)Uma Nova Constituição para o BrasilAs crises políticas do Brasil não decorrem da escolha do povo, mas da própria estrutura do Estado, que cria privilégios e protege uma classe política imune a riscos, enquanto o povo arca com os impostos. Para uma democracia verdadeira, com igualdade de direitos e deveres, é necessária uma nova constituição que coloque o Estado a serviço da sociedade civil, garantindo oportunidades iguais para todos.