"É assim mesmo. Os santos são incômodos. Sempre, em todos os lugares. Tão diferentes dos outros... Entram na nossa pequena vida de cada dia, talvez com voz sussurrada, talvez com movimentos embaraçados, talvez ridículos, frequentemente antipáticos, sempre "inoportunos" - como um bastão no formigueiro, ou pedras no estanho - e regularmente nos obriga a um exame de consciência, que não teríamos vontade nenhuma de fazer. Importunos!... Desfraldamos o nosso sorrisinho de compaixão e encontramos umadefinição que se adapte para justificar a nossa resistência - "maníacos", "com ideia fixa", "fanáticos", "simplórios", "doidos", a escolha é vasta - e atrás do nosso escárnio nos entrincheiramos para adiar mais um pouco a hora inevitável do nosso exame de consciência."