É nesta interface entre, por um lado, a escultura makonde como espécie de resistência, manifestada em formas estilísticas diversas - a ujamaa, a shetani, abinadamu, a dimongo - e por outro, um terreno político mudando em função do desenvolvimento político-militar da luta, e o mercado emergente para arte africana, que Lia Laranjeira localiza sua análise. (.) Evidentemente, a luta armada não era e não poderia constituir uma estrutura narrativa completa para a história moçambicana entre 1960 e a independência. É nesse sentido que a pesquisa apresentada neste livro amplia nossa compreensão da luta em termos das múltiplas formas em que ela foi entendida e encarnada artisticamente pelas pessoas envolvidas.