Após trinta e cinco anos de labuta no ensino fundamental, no ensino médio e no ensino superior, expus relato de trabalho, no caso, docente - tendo, como suporte, a memória -, em vista a quem se propõe à responsabilização com o processo ensino-aprendizagem, ante indicação de que, vivendo, experimentando e saboreando, diariamente, a docência como lugar de aprendizagem/trabalho, é que se aprende a ser docente. Daí, portanto, a importância de saber que a nossa formação é permanente, num ir e vir constante, em síntese provisória, pois, não há descanso para o processo de construção do conhecimento, não há reta de chegada, não há certezas definitivas, com sua limitação no tempo e no espaço, mas sua ilimitabilidade de construção e reconstrução. Por fim, a expectativa de que a experiência problematizadora com o ensino - arrazoada, aqui, através da rememoração -, desde a segunda metade dos anos oitenta do século passado, concretizada em contexto desfavorável, seja contribuição para o prosseguimento da prática e para o desenvolvimento do próprio conhecimento, ciente de que muito ainda precisa ser feito em vista a um ensino de qualidade e, que atenda a maioria da população brasileira.