Um filósofo e um psiquiatra unem esforços para compreender a mente de Nietzsche em seus aspectos histórico-sócio-familiares e a eventual influência de sua psicologia - e problemas neurológicos - em sua obra.
As preocupações morais foram uma constante numa das mentes mais lúcidas do século XIX.
Mas seria tão sadia assim uma personalidade adepta do escravagismo, do antissemitismo, do despotismo político, das perversões sexuais "à la ménage à trois" e do incesto? Teriam suas reflexões ético-religiosas raízes puramente filosóficas ou veladamente ancoradas nos próprios dilemas personalístico-morais? O "narcisismo maligno", demonstrado na fenomenal obra Ecce Homo, é apenas uma genial derivação poético-escatológica de uma alma superior ferida de vil desprezo mundano ou já eram os sintomas de uma doença cerebral que se anunciava num horizonte sombrio? E de que doença se tratava afinal? Neurossífilis, l