Os andaimes que sustentam uma pesquisa histórica sobre o paradigma do grupalismo-institucionalismo no Brasil são trazidos à luz, neste livro, por uma não-especialista no campo da ciência das transformações do/no tempo.Frente aos desafios epistemológicos, éticos e políticos promovidos pela história oral, o texto percorre uma série de indagações, incluindo a formação do pesquisador, a permeabilidade entre saberes, os nexos e contrastes entre a voz e a letra, o caráter problemático do documento, as novas (e móveis) fronteiras da historiografia contemporânea, os limites dos esquemas explicativos, a noção de tempo histórico, as relações entre história e literatura e, em particular, o lugar da subjetividade nessa complexa trama.Um breve ensaio sobre a presença do paradigma do grupalismo-institucionalismo em Belo Horizonte, ao início dos anos 1970, funciona como experimentação metodológico-narrativa na construção, sempre inacabada, de uma história das lutas em torno da verdade, notadamente no campo psi.