Ernest Hello foi um escritor, filósofo e ensaísta católico francês, um dos maiores e mais consistentes apologetas de sua época. Desenvolveu um estilo de escrita profundamente autêntico, de difícil tradução, tanto que a maioria de suas obras encontra-se apenas em francês. O Homem: a Vida, a Ciência e a Arte (1871), que por muitos críticos é sua obra-prima, ganha agora tradução inédita para o português. Seu pensamento influenciou grandes escritores como León Bloy, George Bernanos, e o grande teólogo dominicano Garrigou-Lagrange atribui a sua conversão à leitura de O Homem, que o fez desistir de sua carreira médica e buscar o sacerdócio. Nesta obra, o autor procura mostrar a vida, a ciência e a arte como três espelhos em que se reflete a mesma Verdade, "como três galhos da mesma árvore ou três artigos da mesma lei". Neste livro, o autor, que vê nossa época como extremamente politizada e ideológica, reafirma o valor de um retorno às raízes mais profundas da nossa cultura e do diálogo com grandes artistas de outras épocas para que resgatemos o sentido da nossa própria existência. Sua análise parte da famosa e profética frase do romancista russo Fiódor Dostoiévski: "A beleza salvará o mundo".