Há pelo menos uma prova de que as Copas do Mundo são melhores quando viram colecionáveis: os álbuns de figurinhas. Eles atingem as crianças que rasgam pela primeira vez os pacotinhos em busca do encantamento de preencher os espaços vazios e da conquista de uma figurinha difícil, e o torcedor de outros carnavais - perdão, mundiais - que não se esquece da sensação de abrir o chiclete para ver se ali estava Zico ou Maradona.Viver as Copas do Mundo equivale a preencher álbuns afetivos e colecionar emoções. Para os autores de "Penta: no traço, no rádio e na bola", a coleção passa por desenhar os gols e ouvir todas as narrações de rádio ao alcance. São seus álbuns, antes imaginários, agora ao alcance de todos. É um álbum que exige escolhas: a partir de qual ângulo e de qual momento do lance ilustrar, e qual das muitas narrações de rádio melhor corresponde à emoção libertadora de um gol do Brasil em Copa do Mundo.Sim, libertadora. Cada gol do Brasil em uma Copa esperou quatro anos para nascer. Seja porque a Copa conquistada deixou um gosto de quero mais, seja porque a Copa perdida deixou um nó na garganta. Aqui, os gols das cinco conquistas estão desenhados e narrados, a contar como os sonhos viraram realidade.