O livro Poemas do Subterrâneo apresenta-se como uma narrativa caótica e não linear, a partir de um exercício de escrita compulsiva e, ao mesmo tempo, marcada, em muitos momentos, por um fluxo de consciência desordenado e melancólico, com intensos e irruptivos "assaltos" as profundezas do inconsciente. Com pretensão de perspectiva existencialista radical, os poemas dialogam, em sua maioria, com temas como o amor, a loucura, a rejeição, a angústia, a tristeza e, por que não, a esperança, como também, de maneira geral, com os dilemas da finitude. Este escrito, basicamente, resulta dos tempos em que a comida era pouca e a imaginação precisava se distrair. Neste sentido, configura-se como um convite "especial", no estilo nietzschiano, para se tentar dançar diante do abismo que nos espreita permanentemente.