A cada ano acontecem no Brasil mais de um milhão de casamentos e um terço deles éentre pessoas da Geração Z (têm menos de 30 anos de idade). A maioria dapopulação adulta do país, cerca de 70%, vive em algum tipo de relação conjugal. Eembora a mídia faça alarde sobre a frequência de divórcios, praticamente metade doscasais brasileiros prefere oficializar a união.O dilema moderno que opõe carreira e família foi a motivação para este livro queencara, de forma científica, a pergunta: Por que as pessoas continuam se casando?Se homens e mulheres estão focados no trabalho, o que eles esperam do casamento?Como fica o cuidado da relação conjugal? Será que ainda há espaço para filhos nosnovos arranjos familiares? Quem cuida das crianças?O livro mostra que o casamento evoluiu conforme a existência da espécie humana setornava mais complexa. A fragilidade dos filhotes humanos exigia o investimentoconjunto e prolongado do homem e da mulher. Amor e sexo surgiram, então, comoadaptações evolutivas que unem cultura e natureza permitindo que a humanidade setornasse viável. Assim, pelos mais diversos mecanismos neuro-hormonais queherdamos, amor e sexo dão sentido e estabilizam a vida a dois - mesmo quando nãose têm filhos.Atualmente, temos grande liberdade para escolher nossos modos de vida. Porém,tantas possibilidades e incertezas podem causar grande angústia. Talvez seja essauma razão para continuarmos nos casando. Não mais por obrigação moral ounecessidade material. Mas porque procuramos parceiros que nos transmitamsegurança e aconchego emocional.Transitando entre as ciências e a história, o livro põe em dúvida a narrativa de quecasamento é como submarino - feito para afundar. A verdade é que viver a dois fazbem, tanto para o indivíduo quanto para a humanidade.Sobre a autora:Marcia Esteves Agostinho, testemunhou o dilema carreira versus família entre suasalunas e alunos e o viveu em sua própria experiência."Eu era engenheira e havia começado uma trilha profissional corporativa. Eis queconheci um belo rapaz com quem me casei. Ele também engenheiro, com umacarreira em ascensão acelerada, estávamos sempre nos mudando. Foi assim que avida acadêmica surgiu para mim como alternativa para conciliar a família com otrabalho", declara a autora.Muitos leitores têm se surpreendido com tantas coisas que não sabiam sobre esteassunto. Com a habilidade de achar formas simples de explicar o que é complexo