O Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma organização cujas ações moldam por décadas as políticas prisionais brasileiras, mas pouco se sabe sobre como interage com o poder e a governança nas prisões. Este livro oferece uma análise rigorosa das complexas relações de poder nas quais o PCC se insere, tanto no âmbito da cultura dos presos quanto em suas interações com a administração penitenciária. Fruto de uma inovadora etnografia em prisões brasileiras, o livro revela o papel das facções prisionais na geração de uma contra-hegemonia e o papel das autoridades na formação da cogovernança prisional.Neste estudo você vai descobrir como os conceitos de hegemonia e de práxis são centrais para o espaço de disputa dentro das prisões. A obra representa uma importante ruptura com o predomínio das visões liberais na sociologia das prisões e oferece uma nova leitura sobre as relações de poder, com implicações não apenas para a nossa realidade, mas para o Sul Global e a criminologia crítica.