Neste segundo volume da trilogia Queer Zones, Sam Bourcier retoma sua genealogia radical da política sexual - agora com mais raiva, mais prazer e mais desobediência teórica. Aqui, a teoria não é neutra nem decorativa: é um dispositivo de combate.Combinando sociologia, crítica cultural, filosofia e pornografia, Bourcier interroga o sexo como campo de luta, a representação como território de guerra e o corpo como zona de autonomia. Contra o universalismo branco, a psicanálise normativa e ofeminismo hegemônico, Bourcier propõe uma teoria viva - queer, trash e guerreira. Uma zona de gozo e luta. Queer Zones 2: sexopolíticas é também um manifesto contra a domesticação do queer acadêmico, contra sua assimilação pelo liberalismo cultural. O autor resgata o queer como força de colisão - entre saber e corpo, entre desejo e linguagem, entre ativismo e teoria. Ao fazê-lo, reafirma a potência das zonas queer como espaços de experimentação coletiva, afetiva e epistemopolítica. Zonas onde ninguém é só homem ou só mulher, onde o privado é político e onde o pornô também pensa. Cada capítulo é uma cartografia de confrontos: da pornografia à televisão, das políticas públicas à cultura pop, da Academia à rua. A escrita de Bourcier mistura autobiografia, análise e sátira, sem nunca perder de vista a potência política do prazer e do escândalo. O autor traça uma cartografia queer das sexualidades minoritárias em confronto com os aparatos normativos do Estado, da psicanálise e da esquerda moralista. Mais do que uma teoria, Queer Zones é um chamado à hackeação da matriz sexo/ gênero com as ferramentas impuras de um pensamento bastardo e insurgente.