Considerado o romance mais acessível da trilogia realista machadiana, Quincas Borba apresenta menos digressões e descontinuidades. Publicado em 1891, o romance desenvolve um pouco mais a trajetória do filósofo Quincas Borba, que já nos havia sido apresentado na obra Memórias póstumas de Brás Cubas, de 1881. O ponto de ligação entre as duas narrativas não se encerra apenas na personagem, mas também, e especialmente, na defesa do Humanitismo, filosofia criada por Quincas Borba, por meio da qual Machado de Assis visava ironizar as teorias em voga na época, em particular o Positivismo e o Determinismo. O tema central desta grande obra é a exploração do homem pelo próprio homem. O capitalista inescrupuloso Palha usa sua esposa Sofia para usurpar a fortuna de Rubião, que só em sua derrocada final compreende a máxima do Humanitismo: "Ao vencedor, as batatas!"