Esta obra aborda a relação entre o racismo e a luta de classes na América Latina. Tem como objetivo central apontar o racismo como um determinante da superexploração da força de trabalho neste território. Pretendeu-se evidenciar que a permanência danegação ontológica do negro e do indígena é fundamental à reprodução das relações sociais capitalistas na América Latina: por suas origens coloniais e escravistas e, sobretudo, devido ao caráter dependente do capitalismo que aqui se desenvolve. Com base no materialismo histórico dialético e no pensamento social crítico latino-americano, buscou-se na formação econômica e social da América latina - e, de maneira mais aprofundada, do Brasil - os elementos estruturantes que instituem e requerem a latente reprodução do racismo; almejando ir além da constatação das suas expressões para evidenciar a essência das contradições que o sustentam e são sustentadas por ele.