Nos caminhos da vida a cada instante pode acontecer refléxìo: reflete-se em nós e ao mesmo tempo gera reflexões. Às vezes é saber que se é pai, e a filha descobrir que o seu pai não é aquele que ela pensava ser. Como isso se reflete em nossas vidas e que reflexões gera? Carlos - apelido Caco - descobre que tem uma filha com Sheila, que mora em Foz do Iguaçu. Então, além de passar a manter contato por telefone com Lu, a filha, passa a se comunicar pela internet e juntos compõem o presente romance. Por meio da troca de mensagens digitais, refletirão sobre a história de como se conheceram, os acontecimentos que os envolveram, um curso de formação de coordenadores em Curitiba, no qual se apresenta uma abordagem inusitada à educação e em que emerge uma trilha para a construção do conhecimento e, subsidiariamente, reflexões sobre os caminhos do ensino. E aparecem reflexos do passado de Carlos, Mirandelo e Sheila. É como se o leitor se tornasse partícipe de um caminho de relacionamentos que envolvem as máscaras que assumimos na vida e, quiçá, uma busca da face verdadeira. E surge um espelhamento relacionado à busca do caminho sagrado, iniciando-se o relato onírico do Maha Lilah, o Jogo das serpentes e flechas. Tudo contribui para formar um quebra-cabeça em que podem acontecer descobertas por acaso ou por sagacidade: as mensagens eletrônicas, os textos e o caminho onírico compõem um romance polifônico que desafia o leitor a um refléxìo nos caminhos da vida.