Em 2022, discentes do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, atentos aos movimentos sociais e políticos que fervilhavam no Brasil e no mundo, decidiram organizar um evento unindo pesquisadoras e pesquisadores convidados para discutir a relaçãoentre linguagem, democracia e resistência. O resultado amadurecido dos debates acabou por constituir este livro RESISTÊNCIAS DEMOCRÁTICAS: LÍNGUA E LITERATURA COMO INSTRUMENTOS CÍVICOS, que reúne estudos sobre gramática, discurso, léxico, formação deprofessores, intertextualidade, música e literatura.Os organizadores deste livro são jovens estudantes interessados em uma perspectiva abrangente e interligada na área de Letras, reunindo saberes que têm seguido caminhos aparentemente independentes na academia, evidenciando especificidades de teoria e de objetos de análise: os estudos de língua e de literatura. A separação está oficialmente consolidada, inclusive, no nome da área na Capes - órgão governamental que regula, avalia e financia após-graduação no Brasil -, Linguística e Literatura, e representada muitas vezes nas instituições de ensino superior do país, com programas de pós-graduação, departamentos e setores distanciando docentes e pesquisas desses dois ramos. Contudo, apesardas particularidades desses estudos, que existem e se verificam também na organização das seções, este volume demonstra como o caráter humanista continua animando questionamentos e pesquisas nos dois campos, não tão estanques assim, revelando seu perfil socialmente relevante.