A figura de Simão Pedro sempre atraiu a atenção dos que se debruçam sobre os Evangelhos. A sua psicologia nos seduz e nos escapa, e algumas das suas atitudes nos desconcertam. Que terá Cristo pressentido nele ao confiar-lhe o primado entre os Apóstolos? Georges Chevrot enfrenta essas questões, buscando traçar do Príncipe dos Apóstolos um retrato de corpo inteiro. A sua rara capacidade de penetração dos espíritos, as suas originais observações a respeito de episódios já muito conhecidos, a sua finura interior e a convincente reconstituição psicológica dos fatos, fornecem-lhe o método para desvendar a personalidade do Príncipe dos Apóstolos. A conclusão que se desprende destas páginas é que as vicissitudes de Pedro representam as vicissitudes do homem que sente o apelo do ideal, mas paga o tributo de suas fraquezas pessoais, ainda por dominar - e, portanto, bem podemos nos reconhecer nele...