O texto de Binswanger lança uma rajada de ar fresco no quarto fechado e bolorento também de nosso tempo, um tempo que, exatamente como o início do século XX, se mostra uma vez dominado pelo paradigma das ciências naturais e que tende a tratar os transtornos existenciais apenas como desequilíbrios de composições químico-físicas. A partir de uma reflexão sobre o ser do homemestruturada em sintonia com a noção heideggeriana de ser-aí, Binswanger nos mostra como é possível ainda hoje uma psicologia fenomenológico-existencial que sabe respeitar suas fraternidades seletivas.