Com a análise de duas obras de Picasso (Retrato de Kahnweiller e Demoiselles d´Avignon) procuramos mostrar que o trajecto do corpo na pintura terá correspondido a um progressivo afastamento do corpo-forma onde a anatomia era pormenorizada ao milímetro. Defende-se, assim, a recusa de uam concepção do corpo que oos paradigmas empiristas e cartesianos valorizam - um corpo que designámos - numa expressão-síntese - como em estado sólido, isto é: corpo com anatomia fixa e definida, separado do mundo por espessas fronteiras-linhas, e diferenciável, ele próprio, em órgãos autónomos com funções específicas.