Em "Um riacho pouco profundo", Catherine Millot escreve sobre a iminência da morte em dois momentos, em sua internação por COVID-19, em 2020, e na relação com a mãe centenária e debilitada. Millot encontra na literatura, na filosofia e em sua experiência com a psicanálise, os fios que compõem o bordado da reflexão sobre a sua finitude, a de sua mãe e sobre sua própria relação com a escrita. Catherine convida o leitor a uma elegante caminhada pelo que há de mais humano, mostrando, a cada passo, as belezas das possibilidades que emergem da reflexão sobre o fim da existência.