Quando uma cidade educa para a sustentabilidade? Esta foi a questão-guia para a construção deste livro que define, a partir do trânsito entre o individual e o coletivo, o local e o global, o micro e o macro, os princípios orientadores de educação para a sustentabilidade em contextos urbanos. Neste processo de busca se destacou as questões relativas à educação para a sustentabilidade, sendo entendida como aquela que se opõe aos modelos de desenvolvimento, exclusivamente econômicos. Ao educar para a sustentabilidade a preocupação deve ser com as sociedades sustentáveis, priorizando pelo equilíbrio entre os aspectos culturais, sociais, políticos, econômicos e ambientais. O foco da educação para a sustentabilidade está nas relações humanas e não humanas, na ocupação territorial, na justiça social e ambiental, nos direitos humanos e da natureza, entre outros aspectos pertinentes à qualidade de vida. Neste sentido, a partir da escuta atenta de pessoas que vivem em duas cidades da região sul do Brasil, Colombo/PR e São Leopoldo/RS, os princípios orientadores de educação para a sustentabilidade foram definidos. São princípios que estão interligados e imbricados um ao outro, não podendo ser pensados separadamente, porém podem ser unidos a outros no contexto da educação, da sustentabilidade e da cidade. Este livro é um convite para pensarmos em outros modos de vida nas cidades, a partir da educação como um dos eixos centrais, a governança com visão holística para o território e a mobilização voltada para a transformação. E também é uma sugestão para que as cidades se tornem espaços de esperança, de vida no coletivo, sendo o melhor lugar para a mudança, a partir da experiência do já vivido.