A todo instante, somos "bombardeados" por informações por meio de estímulos digitais que atingem o cérebro, provocando milhões de novas sinapses que modificam e aumentam as suas estruturas neurais. Certamente, no Terceiro Milênio, as pessoas absorverão uma quantidade de informações jamais vista na História da Humanidade, o que justifica a adoção das "metodologias ativas de aprendizagem" pelas principais universidades do mundo para o sucesso de seus alunos. Mas, afinal, estamos aprendendo mais com isso? O que é aprender? Como é que se aprende? Será a "metodologia" a salvação da pátria? A aprendizagem genética de Piaget nos leva ao construtivismo. A influência do meio social, da fala e da escrita se tornam aliados em potencial na aprendizagem para Vygotsky. Ausebel só admite a aprendizagem significativa se ancorada em "subsunçores" que representam tudo aquilo que já está previamente conceituado no cérebro humano. Gagnet aposta na memória curta e memória longa. O fato é que estamos vivendo um momento crucial em que as novas tecnologias estão substituindo o elemento humano de todo processo produtivo, e não demora muito para que essa "invasão" se estabeleça nas esferas social e cultural. Ora, se num futuro próximo não vai haver mais a necessidade de trabalhadores, pensando na continuidade do ensino formal para qualificação dos "novos" profissionais do mercado, este livro levanta a questão sobre o papel das universidades contemporâneas e aponta propostas de novas estruturas educacionais para ensinar novas maneiras de aprender diante da "parafernália" digital do nosso cotidiano. Pela impossibilidade de prever o futuro e de frear o desenvolvimento da tecnologia, resta-nos dizer: professores e alunos do mundo 4.0, sejam todos bem-vindos!