Jesus Cristo, meu doce Mestre, apareceu-me todo radiante de glória com suas cinco chagas, brilhantes como cinco sóis; e a sua sagrada humanidade lançava chamas de todos os lados, mas sobretudo de seu sagrado peito, que parecia uma fornalha: e abrindo-o, descobriu-me seu amantíssimo e amabilíssimo Coração, que era a fonte viva daquelas chamas. Foi então que ele me mostrou as maravilhas inexplicáveis do seu puro amor, e o excesso a que ele tinha chegado em amar aos homens, de quem não recebia senão ingratidões e friezas. Era-me representado aquele Sagrado Coração como um sol brilhante de luz vivíssima, o qual lançava seus raios ardentíssimos a prumo sobre o meu coração, que logo se sentia abrasado de um fogo tão ardente, que parecia reduzir-me a cinzas; e era particularmente nessa ocasião que o meu Divino Mestre me mostrava o que ele de mim queria, e me descobria os segredos daquele amável Coração.