Vida e morte da Antropofagia traz a história do Movimento Antropofágico (São Paulo, 1928) contada por um de seus principais personagens: Raul Bopp. É o documento literário relevante para a compreensão do Movimento - articulado por Tarsila do Amaral eOswald de Andrade -, prosa memorialística, fragmentária, de um dos mais importantes momentos da arte no Brasil. Se o Modernismo brasileiro deu "maior autonomia aos meios de expressão: libertou o idioma de gramaticalismos inúteis; desamarrou a poesiaem versos livres, em vez de os mesmos ficarem metidos numa armação silábica, com rima obrigatória", a Antropofagia foi sua radicalização e busca por espalhar-se para além dos grandes centros ur-banos, como o Rio de Janeiro e São Paulo. Raul Bopp personificava este ideal: gostava do Brasil, do interior do país. Ainda estudante, cursou a faculdade de Direito em diferentes capitais (Porto Alegre, Recife, Belém e Rio de Janeiro) e sempre que podia corria o interior em busca de festas folclóricas. F