Se a idéia de evolução biológica não é mais um tabu na Igreja, nem por isso passou a ser aceita por todos os cristãos. Mais de um século depois da publicação de A origem das espécies, ainda é preciso descobrir as implicações que uma nova aproximaçãoda vida, em particular a partir do avanço da genética, representa.A fé na criação não se reduz a uma teologia natural que insista sobre as maravilhosas adaptações da natureza; ao mesmo tempo em que reconhece o que há de misterioso na realidade e em sua história, celebra a aliança entre o criador e sua criação, compreendida não como uma ordem natural imposta no decurso da história , mas como uma fidelidade divina e humana num mundo em devir, marcado pelas eventualidades da vida e da morte, do amor e do pecado.