para alcançar a profundidade dos escritos, que desabam com os abalos na torre de marfim de jorge olímpio bento, é essencial saber prezar a estética do silêncio e apreciar viver para além da mera circunstância de existir. o discurso possante e copiosamente erudito, alindado e alicerçado por notável adjetivação, acorda-nos os sentidos e chama-nos à razão. o texto, compacto, desenrola-se em alertas, com o fito de nos inquietar com o atual niilismo estruturado na absoluta exiguidade de objetivos ideológicos e de valores éticos, aqueles que a sociedade paulatina e sofridamente foi concebendo, ao longo do penoso trilho da humanização. (do prefácio de afonso pinhão ferreira)