Esta importante obra destaca a reflexão em relação à gestão ambiental pública, especialmente das Unidades de Conservação federais, que busca o compartilhamento de responsabilidades, experiências e tomadas de decisão através de processos participativos. O ICMBio reconhece as UC enquanto espaços educadores, orienta a educação ambiental amparada nos principais documentos globais e aparato legal brasileiro e busca a formação de gestores que sejam capazes de dar o tratamento adequado aos conflitos socioambientais decorrentes dos processos decisórios no uso e gestão dos recursos naturais. Apesar disso, percebe-se uma fragilidade nos processos educativos realizados nestes espaços, pois, como evidenciado pelo autor, existe uma amplitude de entendimentos e práticas educativas nos territórios onde estão inseridas as UC. Para que a EA possa ser o meio que diminua as dificuldades de relacionamento entre a UC e a sociedade vemos neste livro, o destaque para a necessidade de que a prática institucional siga as orientações já definidas de uma EA crítica, emancipatória e dialógica que busque a promoção da participação e envolvimento qualificados para o controle social na gestão ambiental pública.