É desafiador pensar o Direito Internacional a partir das margens especialmente diante do "controle" Nortista; Ocidental; Europeu existente sobre esse campo. Contudo, buscar romper com a arquitetura do ordenamento internacional corrente é essencial para alcançar a plena realização de um direito verdadeiramente internacional; global; mundial; cosmopolita. Assim, o presente livro surge da necessidade de aprofundar o conhecimento acerca das diversas epistemologias que fornecem plurivisões ao Direito Internacional Público e, logo, a forçar o debate entre os diversos autores/as de leituras pós-coloniais, subalternas, terceiro-mundistas e decoloniais, que visam, cada qual em seu círculo de autores e de teses, denunciar os abusos cometidos pelo Norte Global colonial/ista e imperial/ista. Acreditamos que o diálogo entre esses autores impulsiona a possibilidade de criticar as narrativas científicas e epistemológicas que viabilizaram a concentração do poder nas mãos destes, além de resistir às suas táticas que persistem em manter a divisão global entre centro e periferia, renegando a participação efetiva e contributiva do Sul a esse campo do Direito.