O livro desenvolve inicialmente um estudo comparado entre os modelos de controle de constitucionalidade de matriz norte-americana, austro-germânica, os sistemas de soberania parlamentar e os novos modelos dejudicial reviewdesenvolvidos no Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia, conhecidos sob a denominação deweak-form judicial review.Neste caminho, o trabalho faz alusão aos elementos próprios do controle de constitucionalidade "forte" (strong-form judicial review), bem como dos sistemas de soberania parlamentar. Em sucessivo, ingressa em seu ponto central: a análise das características e das formas de atuação dos recentes modelos deweak-form judicial review.Neste ponto, o estudo procura identificar de que modo e em qual medida os exemplos trazidos pelo "novo constitucionalismo do século XXI" podem servir como instrumentos de equilíbrio da forte e atual tensão entre o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, mas sempre buscando proteger, simultaneamente, o princípio democrático e os direitos fundamentais. É a partir daí que se desenvolve a perspectiva do diálogo institucional como instrumento de superação tanto da "supremacia judicial" como da "supremacia do Legislativo" e em benefício de um arquétipo que privilegie o diálogo entre as instituições de poder.Assim, o estudo observa se os sistemas deweak-form judicialreview conseguem (ou não) produzir exemplos de interações mais eficientes entre os referidos Poderes. Por fim, o trabalho procura identificar no sistema constitucional brasileiro traços de diálogo institucional, destacando alguns dispositivos constitucionais e decisões importantes já proferidas pelo STF e que podem representar algum nível concreto deste diálogo, objetivando o necessário equilíbrio entre a separação dos poderes e a harmonia interinstitucional.