Demonstrar que a importância política da dimensão estética na filosofia de Herbert Marcuse se deve à idéia de atribuir uma base natural à razão é um dos objetivos desta penetrante análise da obra do filósofo cujas idéias ganharam as ruas no celebrado maio de 68. De fato, ao localizar a razão na pulsão de vida, Marcuse concebe a experiência estética como um ato subversivo.Os pensamentos de Marcuse sobre estética não estão concentrados em uma só obra, mas dispersos pelos seus escritos, o que torna a presente análise extremamente valiosa pelo caráter de sistematização que ela oferece ao leitor. Só mesmo uma visão de conjunto dos textos de Marcuse permite captar o enredamento conceitual, que escapa à ordem cronológica, mas dá enorme coerência a um pensamento que continua tão vivo e estimulante quanto o foi para a geração de 1968.Comentário do Pe. Paiva (Raul Pache de Paiva, SJ)diretor de redação da revista Mensageiro do Coração de Jesus, uma publicação de Edições LoyolaA Autora é mineira e presta este serviço aos estudos de filosofia e política em língua portuguesa, sistematizando o pensamento de Marcuse sobre estética, que se encontra disperso em suas obras. Marcuse via na experiência estética um ato de subversão. Filósofo ligado à onda de rebeldia que inspirou maio de 1968, movimento parisiense que repercutiu pelo mundo afora, divisor de águas no século 20, Marcuse continua, muitas vezes subliminarmente, a inspirar palavras, conceitos e acontecimentos. Não esperem um guia superficial. Aceitando dialogar com Marcuse, pela mediação da presente obra, o leitor dialogará com Marx, Freude, Kant, Schopenhauer, por exemplo, e com o velho e insubstituível mestre, Platão. Pena que ignore Aristóteles, Tomás de Aquino, e toda estética de inspiração cristã. A Bibliografia lista as obras de Marcuse e as melhores sobre Marcuse, além de obras de referência. Rico aparato de notas de rodapé.