O materialismo dialético de Marx e Engels nasceu, inegavelmente, da crítica filosófica à religião: nos dizeres de Marx, "a crítica da religião é a premissa de toda crítica." Contudo, diferente do materialismo iluminista e seu racionalismo pequeno-burguês, o materialismo dialético nunca partilhou da crença da necessidade de priorizar a agitação antirreligiosa. Já à sua época, Marx polemizou com Bakunin e seus seguidores por quererem elevar o ateísmo ao patamar de exigência estatutária e demanda programática do movimento operário revolucionário.