Nunca soube o teu nome. Entraste numa tarde, por engano, a perguntar se eu era outra pessoa - um sol que de repente acrescentava cal aos muros, um incêndio capaz de devorar o coração do mundo. Não te menti; levantei-me e fui levar-te à porta certa como um veleiro arrasta os sonhos para o mar; mas, antes de te deixar, disse-te ainda que nessa tarde bem teria gostado de chamar-me outra coisa - ou de ser gato, para poder ter mais do que uma vida.