Os autores de O Indivíduo Excepcional estabelecem um enfoque humanístico da excepcionalidade, a partir de um esquema de referência conceitual abrangente tanto da criança quanto do adulto culturalmente estigmatizado. A aceitação de um quadro de referência predominantemente cultural, ao lidar com os indivíduos excepcionais, resulta numa ênfase à natureza relativa dos desvios e em um reconhecimento da medida em que os problemas da excepcionalidade atravessam as diferentes categorias. Assim, os capítulos iniciais do livro tratam dos problemas comuns às pessoas excepcionais de modo geral, a despeito da natureza ou origem de sua excepcionalidade. Telford e Sawrey consideram que todas as classificações de pessoas excepcionais são arbitrárias, porque o problema da excepcionalidade centra-se em uma questão mais sensível: a das diferenças individuais, as quais nem sempre se confundem com as configurações clássicas da ?anormalidade?, somática ou psicológica. Desta forma, o conceito de excepcional