A relação entre arte e loucura tem sido fonte inesgotável para infinitos estudos. O presente trabalho apresenta uma leitura da obra de Arthur Bispo do Rosário que, diagnosticado como esquizofrênico paranoide, viveu durante quase 50 anos na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Partindo do interesse plástico formal, este trabalho procura situar as discussões no contexto ampliado sobre a criação artística, de modo a não as tornar restritas apenas aos aspectos terapêuticos do fazer artístico ou às especulações de interesse psicanalítico, condicionando as discussões sobre o trabalho de Arthur Bispo do Rosário tão somente à esfera de artistas loucos.