O exercício da democracia deve ser incentivado. Para que um país tenha a chancela de nação efetivamente democrática não basta aos mandatários convocar os eleitores a cada dois anos para comparecer às urnas. Oxigenar o método de escolha dos candidatosnos partidos políticos, usar com mais frequência e de forma inteligente instrumentos como o plebiscito e o referendo e, sobretudo, dar aos cidadãos as ferramentas de informação necessárias para que possam escolher de maneira consciente são algumas das propostas feitas pelo advogado Celso Mori para aperfeiçoar a nossa democracia.Longe de buscar respostas fáceis para questões complexas, Mori escreve um verdadeiro guia para que não elejamos mais maus políticos, ao analisar nossos gargalos democráticos, eleitorais, partidários e políticos com ideias densas apresentadas de maneira leve, em um estilo ensaístico que cativa o leitor. O advogado escreve sobre política, imprensa, formas de governo, educação, populismo, transparência, financiamentode campanhas, voto obrigatório e democracia participativa ou direta sem procurar os lugares banais e no mesmo tom com que trata de liberdade, igualdade, solidariedade. Para mudar a política, é preciso mudar a cultura. Afinal, como lembra Mori, em regra, "os vícios e as virtudes dos políticos são os mesmos da sociedade que os elegeu".