O livro convida o leitor para uma análise crítica da conjuntura educacional do país no período da ditadura militar, incitando-o a refletir sobre os programas e projetos de organismos internacionais, especialmente a Unesco, que, na defesa da alfabetização funcional, tem colaborado com a divulgação de um conceito de alfabetização que visa a adaptação dos sujeitos ao mundo do trabalho e a ordem política e social vigente, desconsiderando a necessidade de transformação da sociedade, cujas desigualdades e injustiças sociais têm-se natura-lizado e aumentado cada vez mais, vitimando crianças, adolescentes, jovens e adultos que têm ficado a margem de políticas públicas, entre as quais a possibilidade de acesso a uma alfabetização plena.