A dificuldade e, ainda mais, o fascínio, da obra de Pessoa, todo um edifício ficcional ou dramático, está em que ele não é um apenas um autor, mas toda uma literatura, como um labirinto, uma teia, um universo de múltiplos níveis e relações entre seustextos. Seus heterônimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis - constituem diferentes personalidades literárias, cujas visões de mundo se confrontam e se enriquecem com as perspectivas oferecidas entre si.